segunda-feira, 12 de setembro de 2016

"30 ideias para viver melhor". Dia 8.


Nos dias que correm vemos muito sem ver nada. Somos atropelados pelo excesso de informação e raramente nos detemos e embrenhamos nela. Somos superficiais na busca pela compreensão, somos aqueles que lêem as letras garrafais dos títulos e acham que sabem a história toda. Fazemos isso com notícias como fazemos com aqueles e com aquilo que nos rodeia. As pessoas deixam de ser interessantes se der um pouco mais de trabalho entendê-las. A nossa pressa não combina com a complexidade humana, razão pela qual as relações são cada vez mais voláteis e efémeras. Vivemos em sofreguidão pela novidade, achando que será ela que nos salvará da monotonia dos dias.

Temos que ir mais além. Temos que aprender a contemplar, temos que pousar o nosso olhar num objecto, numa pessoa, num acontecimento, numa emoção para que seja possível ultrapassar a resposta automática. Em vez de nos aborrecer a mesmice dos dias, a contemplação, o olhar com atenção plena, o ver com olhos de ver abre-nos à descoberta, ao ensinamento, ao encantamento, à revelação de existir sempre algo novo para descobrir no que de mais normal temos na vida.

Há formas de treinar os nossos olhos para o deslumbramento. Ser turista na própria cidade, observar com contemplação a natureza e apostar em segundas oportunidades são pequenos truques que nos desafiam a ir além da superficialidade do primeiro contacto ocular. Desafia-nos a focar e ensina-nos a lição mais bonita de todas que é viver entusiasmado com a expectativa sistemática do conhecer, do perceber e do sentir.

Se só virmos e não nos detivermos em nada passamos por esta vida sem sentir. Só experiências de sentir, de comunhão de sentidos nos permite viver sem a sensação de vazio. Vale a pena tentar... 

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