segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Heitor e a Procura da Felicidade.


|Wook|

Numa espécie de momento de reflexão sobre a vida, quiçá num retiro espiritual ao jeito de comer, orar e amar, dei por mim há uns anos num hotel, entregue ao luxo do dolce far niente a ler a interpretação da tal procura da felicidade levada a cabo por um psiquiatra, de seu nome Heitor. Foi um livro que me foi apresentado numa qualquer época de saldos ou feira do livro, não sei precisar, mas que me chamou rapidamente a atenção pelo título que possui. Tendo eu muito de louca, confusa e perdida de amores por tudo o que era tóxico, estas 21 lições fizeram com que pensasse verdadeiramente sobre o tempo e a energia que depositava em coisas, momentos e pessoas que, talvez, não merecessem metade do meu esforço. Li-o em menos de uma semana, de forma curiosa e desenfreada, sendo muitas vezes levada às lágrimas que teimava em disfarçar entre lençóis. Não fiz nenhuma viagem, não percorri o mundo mas plantei o alerta do inconformismo, da autenticidade e do valor que a vida possui em si mesma. 
Ontem, num fim de dia igual a tantos outros, em que as forças teimavam em faltar, deitei-me no sofá e, de forma automática, percorri vários canais fitando-os no vazio. Um avião desenhado num bloco de notas, qual criança potencial artista, depressa me cativou a atenção. Decidi perceber do que se tratava. Lá estava ele, Heitor, a sugar-me novamente a atenção, a relembrar o que tenho esquecido, a revelar-se mais uma vez como fonte suprema de sapiência. Quando a alma faz perguntas no seu íntimo vem a vida e responde com doçura. Está lá. Sempre esteve lá. Que eu não me esqueça destas lições. Obrigado Hector!

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